SANTOS 40º

Conto Erótico

SANTOS 40º

Publicado por: darksol em 25/02/2019

Categoria: Hetero

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Acordei com uma brisa suave tocando o meu rosto. A cortina branca e fina parecia querer se desgarrar das presilhas e sair por aí a flutuar. Fazia um calor insuportável ali dentro. Desci, a praia toda iluminada ainda mostrava-se ativa com muita gente caminhando pela orla, embora já passasse da meia noite.
       As luzes dos navios em alto mar aguardando para entrar na bocaina, mais parecia um quadro expressionista. Sentei-me no arrimo que limita a praia da avenida e fiquei com o olhar preso naquelas luzinhas ao longe.
       Eu havia dormido a tarde toda e parte da noite e acordei muito excitado. Talvez tenha tido algum sonho erótico que logo se desfez. Acordei assim e assim fiquei até sentar-me naquele arrimo. Talvez por ficar alguns dias longe da minha namorada, pode ser essa a explicação, pois somos muito intensos.
       Cansado de olhar para o mar notei que bem do meu lado direito, sentara-se uma bela mulher de estatura baixa, era loira e parecia estar só. Estava há uns metros de mim e mantinha também os olhos perdidos naquela imensidão. Ousadamente joguei meu rosto naquela direção na ânsia de que ela olhasse para mim. Fiquei então a contemplá-la uns bons minutos. Com certeza ela fingia não me notar, fingia! Pensei. Levantei-me e caminhei tranquilamente em sua direção e ao passar por ela disse:
       __ Oi!
       __ Oi! Respondeu ela girando o corpo.

       Além de tudo era muito simpática!
       Sentei-me, seu perfume era discreto, doce. O papo foi se estendendo. Chamava-se Loretta e morava logo ali em frente. Era uma mulher do tipo mignon, balzaquiana, corpo bem torneado e de cabelos cor da areia da praia. Perfeito, simplesmente uma mulher deliciosamente atraente. Jamais eu poderia imaginar uma madrugada assim. Obra do acaso? Sorte, destino? Chamem como quiserem.
       Com nossos traseiros adormecidos pelas toscas pedras do arrimo em que sentávamos, resolvemos caminhar um pouco. Ela sugeriu irmos pela areia da praia. Enquanto caminhávamos, falávamos sobre signos, desígnios, profissões e outras coisas mais e assim chegamos até ao outro canal. A minha excitação, se já existia, agora crescia muito mais, mais intensa, difícil, mas segurava a todo custo. Queria tê-la ali mesmo sobre a areia se pudesse, mas ela sempre resguardada. Pelo menos é o que aparentava. De súbito peguei na sua mão e era pequena e macia, caminhamos uns passos e ela se desgrudou de mim. Porém, do nada tirou as sandálias, suspendeu a barra do vestido e me puxou para a água, deixei-me levar como algo que flutua sobre as vagas. A água estava morna, agradável, como agradável era a presença de Loretta. Mas eu estava muito ansioso, intenso, teso...Mas, sempre me comportando como cavalheiro que sou.
       Cada vez que Loretta se inclinava para afagar as marolas que rolavam aos seus pés, do seu decote sobejava um par de lindos seios envernizados pela luz dos refletores.
       Estava mesmo difícil, eu ali sedento diante daquela fonte, quando ela mais uma vez me surpreendeu. Resolveu correr contra o vento pela a areia molhada. Me surpreendeu, corria e ria desabridamente parecendo uma louca!!!! Depois parou:
       __ Vem Roberto, vem! Chamou-me Sorridente balançando as sandálias em uma das mãos.
       Aquilo, tomei como um bom prenuncio. Dei-lhe uma vantagem e depois a alcancei agarrando-a pela cintura. Levantei-a por trás provocando nela mais risos abertos. Coloquei-a no chão e demoradamente medimos nossas línguas. Investi sobre seu pescoço e sorvi sua maresia...ela dobrou os joelhos e seus olhos estavam quase convulsos. Beijava gostosamente.
       Estávamos longe de onde havíamos saído. Olhando daquele ponto, a cidade parecia um mar de luzes que se perdia em uma curva suave. E falando em curva, apertei suas nádegas empinadas e ela me retribuiu de pronto. Minha mão avançou e sobre o vestido percebi que ela não usava calcinha. Um casal próximo parecia nos observar e isso me excitava ainda mais. Tentei ser ainda mais ousado porém ela não me permitiu, mas me olhando languidamente disse:
       __Vamos para outro lugar Roberto, vamos! Aqui tem muita gente olhando!
       __ Para onde ?
       __ Vamos!!

       De mãos dadas seguimos passamos pelo casal que há pouco nos observava, porém, ocupados com o que estavam fazendo nem nos notaram passar. Lavamos os pés no chuveiro da praia e depois atravessamos a avenida. O saguão estava vazio e o porteiro que pestanejava, com certeza não nos viu entrar. Era no sétimo andar. Um incenso almiscarado jazia num turíbulo de prata deixando o ambiente convidativo...
       O calor parecia aumentar e cada um tomou sua chuveirada sozinho. Juro que não acreditava no que estava acontecendo, estaria eu sonhando ? . Bebericamos alguma coisa e aos beijos caímos num imenso sofá. Ali quase nada rolou. Mas eu fiquei quase louco de tesão...
       Seu quarto era enorme e a cama era grande e alta, e a lingerie que ela colocou era o toque que faltava ou, não faltava, posto que só o fato de estar ali com aquela diva, qualquer homem se sentiria no paraíso, no sétimo céu.
       Diferente do que acontecera lá na praia, pelo menos no começo, Loretta parecia outra mulher. Esparramou-se sobre lençóis com as pernas abertas parecendo imitar os ponteiros do relógio do corredor que marcavam duas horas daquela madrugada. Me abraçou violentamente e me travou com suas belas pernas e quase tirou-me o ar com profundas chupadas de língua.
       Quase a explodir de prazer, desci minha mão e toquei a sua flor oculta numa ramagem fina. Que flor aquela? Logo as suas pétalas aveludadas se agradaram com meus dedos em círculos. Estava molhadinha, viscosa, febril. Me sentia um harpista tangendo levemente as cordas de uma lira e tirando delas, sons angelicais.....me enchi de júbilo por isso.
       Gemendo baixinho Loretta corrigia o local onde se acentuava seu prazer e implorava para que eu não parasse, que continuasse, e fortíssimo, continuei.....
      Parecia querer abraçar o mundo, e ordenou:

       -- Agora quero que me toque com sua boca! Lá na praia você me deixou com muito tesão..
       Sem nada dizer Inclinei-me solenemente e misturei a minha saliva à excitação que lhe escorria pelas coxas alvas, senti seu som, aromais...Senti o seu pulsar acelerado e não demorou muito para que ela expirasse de gozo prendendo a minha cabeça entre suas coxas.   Foi rápido, mas foi intenso, intenso como o calor que exalava de nossos corpos. Quando me afastei seu estame ainda latejava.
       Dar prazer a Loretta era algo muito recompensador para mim, por isso me sentia um privilegiado. Sua chama nunca se apagava estava ainda densa de vontades.. e eu também!
       Voltei novamente até seus seios. Adoro seios, amo...e aqueles eram especiais. Suguei-os com sofreguidão enquanto ela gemia baixinho com delírios capitosos. E me fez girar. Ficando eu à sua mercê, tomou para si, com suas mãos pequenas a minha virilidade e massageou-a.
       __ Ahhhh Loretta! que divina tu és! Te queria desde a praia viu?
       Também sem nada dizer olhou-me fixamente e sem nenhum pudor fez desaparecer... em sua boca até quase perder o fôlego.
       Na iminência do desfecho, por tanta excitação acumulada tomei-a literalmente como uma tormenta toma um pequeno barco.
       Com as fortes estocadas ela corcoveava como tal gazela sendo acuada e eu a controlava pelas rédeas que fiz dos seus   cabelos. Loretta parecia possuída por um ser diabolicamente carregado de lascívias. Não dava tréguas.
       __ Expulsa dentro de mim. Vem! sou todinha sua, sua....Sou desde.....
       Cavalguei Loretta até o último suspiro, até a última gota.. ____   Gozamos! sob fortes gemidos que ecoavam pelas paredes.
No auge do nosso prazer, Loretta traiu a própria consciência quando por duas vezes me chamou pelo nome de outra pessoa. Isso me fez refletir, pensei em Suzana, minha namorada...mas, o prazer falava mais alto...gritava....
       Finalmente morremos de lassidão largados sobre lençóis desgrenhados. A cortina também dormia, pois nenhuma brisa soprava por aquela janela escancarada do sétimo andar.

FIM

De Dark.

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