Quarto 307 (Parte 2)

Publicado por: perolagp em 03/06/2019
Categoria: Hetero
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O meu quarto era o 307, um quarto grande e velho, com um intenso cheiro de mofo que eu invariavelmente tentava vencer com o spray de morango e com uma janela gigantesca que vivia aberta e dava direto para a rua mais movimentada do centro. Eu me apaixonei logo de cara! Resolvi que seria ali que eu faria os meus programas, definitivamente.
Fui conversar com o Paulo, o dono do hotel… Queria saber o que ele achava da idéia de me ter ali permanentemente.

- Não me importo que você trabalhe aqui, desde que não vire bagunça! Esteja atenta à quem você traz e não se meta em confusão. Você é uma morena linda… - e dizendo isso soltou um suspiro que misturava pena com paixão e que me fez sorrir.

- Mas eu não sou morena, Paulo, eu sou negra.

- Então, sendo assim, você é uma negra linda…

- Não quer passar lá no 307 pra me conhecer sem roupa?

- E quanto é a brincadeira?

- Hospedagem gratuita?

- Você é muito esperta, não acha?

- As vezes.

- Pérola... - ele diz apoiando-se na bengala me lançando um olhar incisivo - Veio aqui com esse sorrisinho, esses peitos sem sutiã… Acha que sou assim tão fácil?

- Não, não é...

- É bom que saiba!

- Por isso também vim sem calcinha.

Parada à porta de seu escritório, dei dois passos e entrei. Neste dia fazia frio e chovia e ele então usava uma bengala pois a perna direita doia. Ele apoiou-se firmemente nela enquanto me olhava sentar em sua mesa e abrir as pernas à me oferecer. Deu pra ver o exato momento em que sua respiração descompassou e ele perdeu o ar, incrédulo.

- Sempre que você quiser, eu vou ser sua… - e fui subindo o vestido até revelar-me por inteira.
- A qualquer hora, em qualquer lugar, como você quiser! Posso ficar em baixo da sua mesa enquanto você trabalha, te “ajudando”... Não seria bom?

O pau dele cresceu numa velocidade consideravelmente rápida pra alguém com mais de cinquenta anos portando uma bengala. Ele fechou e trancou a porta e veio caminhando até mim ainda sem saber se acreditava no que via. Foi só quando encostou os dedos em minha buceta suada que se deu conta de que era real. Me beijou um beijo com sua língua molhada e quente e me fez deixar escapar gemidos já nos primeiros segundos do primeiro tempo. Me amou com os dedos, me devorou a boca, me banhou com sua saliva doce seios abaixo.
Paulo se fartou; bebeu do meu mel, sugou até a última gota. A cena era linda: eu de pernas abertas em sua mesa e ele de joelhos no chão, arrebatado, saciando uma fome que parecia ter durado meses.

Eu adoro ser chupada, mas nada comparado ao prazer da penetração. Ele ainda estava vestido o que aumentava o meu tesão. Eu só podia ver seu volume o que mexia muito com minha imaginação.


- Vêm, por favor… Eu quero muito!

- O que você quer, meu anjo? Fala pra mim…

- Quero você dentro de mim, por favor.

- Por?

- Por Favor Paulo!

Ele não é do tipo que verbaliza, têm toques e olhares que dispensam as palavras. Então se compadece do meu sofrimento e me penetra. É uma penetração profunda, intensa e certeira, ele passa o braço rapidamente por minha cintura e me toma pra si ao perceber que estou desfalecendo com aquela entrada rápida, o que intensifica ainda mais o momento. Eu nunca estive tão dentro de um homem como estava nele. O envolvi com minhas pernas e tentava trazê-lo o máximo possível para dentro de mim. Começamos a nos mover juntos na tentativa de fazer com que aquilo, aquele grau de excitação, durasse por toda a eternidade. Ele rebolava e eu chocava meu corpo contra o seu quadril. Não foi preciso muito vai e vêm pra que logo a minha lubrificação se espalhasse pela mesa me fazendo escorregar. Ele me tomou pelo braço e me indicou a cadeira.
Atendi cambaleante ao seu pedido e sentei em seu colo. Foi me segurando pela cintura que me ajudou a subir e descer em seu pau completamente escorregadio. Eu estava completamente imersa nas sensações que sentia e de longe um pensamento me avisava que eu iria dormir a tarde inteira depois que gozasse. A minha lubrificação era tão grande e forte que o pau dele escorregava sem parar. Ele então parou, me colocou em pé entre suas pernas e secou-se com um pedaço do meu vestido. Minhas pernas tremiam e eu me segurava em seus ombros com muita força.

Depois de secar seu membro ele fez do meu clitóris a sua tela de pintura, comigo entre as pernas quase sem conseguir conter o meu peso, ficou pincelando seu pau e se divertindo com minhas caretas de prazer. Quando eu estava prestes a gozar, ele abocanhou meu pescoço e me fez sentar, meteu em mim enquanto me mordia e me fez ter a gozada mais incrível até então. Os músculos da minha vágina se contrairam, tive espasmos que fizera meus pés terem caimbras.

Foi intenso. Verdadeiramente maravilhoso. Tanto que eu ainda com caimbras continuava a rebolar. Ele me olhava, satisfeito por ter me feito gozar. Seu rosto exibia a confiança de um home que ainda sentia muito tesão.
Instintivamente me virei ficando de quatro no chão de madeira, completamente suada e trêmula, me endireitei de modo a expor toda a minha carne em seu oferecimento. No chão de madeira nossas forças minguaram e ele gozou.

Fechei os olhos e senti o quão grande havia sido o poder daquilo, capaz até, de transformar o infernal barulho da cidade lá fora em um ruído quase inaudível, substituído por duas respirações verdadeiramente cansadas e meu corpo que se recuperava fazendo música entre fluídos.

Se ele não se importasse, eu dormiria ali mesmo, naquele chão, naquela exata posição em que me encontrava pois me sentia perfeitamente abraçada, como se a vida inteira, há vinte cinco anos atrás quando os Matarazzo ergueram esse prédio, tivessem o construído pensando em nós e nesse momento, naquela sala e naquele metro quadrado onde meu corpo havia se prostrado. O mais sábio talvez devia ter sido me levantar e agir como uma profissional que sabe o que faz. Mas como me levantar? E o que eu deveria saber? Se alguma coisa estivesse arruinada a partir dali, eu só queria saber no dia seguinte ou nunca.

Uma de suas mãos desenha preguiçosamente uma linha por toda a minha espinha.

- Eu preciso de um cigarro.

Ele me dá um marlboro vermelho, cigarro de velho, forte pra inferno e talvez, penso eu, recuperando parte da atividade cerebral, seja ele quem impregna os quartos com o cheiro de tabaco.

No final da primeira semana, ao passar pela recepção, Leon permitiu que eu saísse sem questionamentos sobre as diárias. Sabia que eu as havia conseguido de outro modo.


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